O Mercado Livre deu um passo ousado rumo ao futuro da logística no Brasil ao introduzir robôs em seu principal centro de distribuição, em Cajamar (SP). A tecnologia, fruto de um investimento bilionário, permitirá que os robôs transportem até 600 quilos de mercadorias e aumentem a eficiência no processamento de pedidos em até 20%. Com essa inovação, a empresa pretende otimizar o manuseio de mais de 500 mil pacotes por dia, garantindo entregas mais rápidas e uma experiência aprimorada para os clientes. Essa revolução tecnológica promete impactar o setor de e-commerce brasileiro, redefinindo os padrões de agilidade e eficiência no mercado.
O Mercado Livre anunciou a implementação de novos robôs em seu centro de distribuição, trazendo uma tecnologia que promete revolucionar a logística. Fabricados pela Quickton, esses robôs lembram aspiradores de pó inteligentes e possuem um metro de diâmetro, 145 quilos e uma cor vibrante amarela.
Além de compactos, os robôs são extremamente eficientes: alcançam velocidades de até dois metros por segundo e têm capacidade para levantar e transportar até 600 quilos de mercadorias. Com autonomia para operar por oito horas e recarga rápida de apenas duas horas, eles foram projetados para manter a operação contínua e ágil. Essa inovação reforça o compromisso do Mercado Livre com eficiência e entrega rápida no e-commerce.
O Mercado Livre inicia uma nova era na logística com a integração de mais de 100 robôs autônomos em seu centro de distribuição, utilizando a tecnologia “shelves to person” (prateleiras para pessoas). Esses robôs são capazes de se deslocar sozinhos, levantar e mover até 2,5 mil prateleiras por dia, além de retornar automaticamente às estações de recarga. Com uma capacidade para processar até 20 mil itens por dia, eles prometem reduzir o tempo de processamento de pedidos em até 20%, trabalhando em sinergia com os colaboradores humanos.
Fruto de um investimento bilionário, essa inovação permite que as tarefas mais pesadas sejam realizadas pelos robôs, enquanto os colaboradores se dedicam a atividades mais estratégicas. Segundo Fernando Yunes, VP Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil, a adoção dessa tecnologia melhora a eficiência operacional, aumenta a capacidade de armazenamento e prepara a empresa para períodos de alta demanda, como Black Friday e datas comemorativas.
A adoção de robôs pelo Mercado Livre faz parte de um investimento robusto de R$ 23 bilhões planejado para o Brasil em 2024. Esse valor inclui a contratação de 11 mil novos colaboradores e a ampliação da automação logística. Até o final do ano, 234 robôs serão integrados ao centro de distribuição em Cajamar (SP), permitindo à empresa processar até 80 mil pedidos por dia. A inovação pode ainda ser expandida para outros países após a análise de resultados no Brasil.
Enquanto isso, o avanço da robótica também gera debates globais. Na China, o crescimento dos robotáxis está causando preocupação entre motoristas humanos, que temem perder seus empregos para as máquinas. Recentemente, o governo chinês emitiu 16 mil licenças de teste para veículos autônomos, abrindo 32 mil quilômetros de estradas para circulação. Apesar de representarem apenas 1% do mercado de transporte em Wuhan, os robotáxis já provocam protestos devido à concorrência desleal e à diferença de custo em relação às corridas tradicionais. O impacto da automação sobre empregos segue como uma questão central no debate sobre o futuro do trabalho.